Instituto Pensar - OMS prevê vacina em massa só em 2022

OMS prevê vacina em massa só em 2022

por: Eduardo Pinheiro 


A suspensão dos testes da candidata à vacina contra Covid-19 da Universidade de Oxford (Reino Unido) deve atrasar o cronograma de desenvolvimento do produto

Foto: COTTONBRO / CREATIVE COMMONS / PEXELS

Cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumya Swaminathan alertou nessa quarta-feira (9) que não espera que vacinas contra à Covid-19 estejam disponíveis para a população em geral antes de 2022. Porém, segundo ela, os grupos de risco podem ser imunizados em meados de 2021.

"Muitos pensam que no início do próximo ano haverá uma panaceia que resolverá tudo, mas não será assim: há um longo processo de avaliação, licenciamento, fabricação e distribuição?, afirmou.

Ao comentar a seleção dos grupos prioritários, ela aponta que "profissionais de saúde devem ser os primeiros?. Após o recebimento de mais doses, serão alcançados os mais velhos e pessoas com comorbidades. O processo, diz, leva alguns anos e ainda não se sabe se haverá a necessidade de duas doses e a duração da proteção.

Vacina de Oxford

De acordo com especialistas consultados pelo Estadão, a suspensão dos testes da candidata à vacina contra Covid-19 da Universidade de Oxford (Reino Unido) em parceria com a farmacêutica Astrazeneca deve atrasar o cronograma de desenvolvimento do produto. No entanto, cientistas dizem que esse evento é comum no processo de avaliação de segurança e eficácia de imunizantes.

"É o que pode acontecer em todas as pesquisas clínicas e no desenvolvimento de qualquer vacina. É importante que as pessoas saibam que, quando faz pesquisa, é feito monitoramento rigoroso dos participantes e, qualquer coisa que aconteça em termos de saúde, tem de ser relatada como evento adverso.?, diz Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Considerada uma das mais avançadas do mundo, junto da chinesa Coronavac, que é testada em parceria com o Instituto Butantã, o produto de Oxford era a grande aposta do governo Bolsonaro, que chegou prometer vacina para janeiro de 2021.

Segundo o jornal britânico Financial Times, fontes ligadas à pesquisa da vacina afirmam que os testes poderiam ser retomados na próxima semana, após análise de um comitê independente. A vacina está na fase final de estudos clínicos antes de receber autorização dos órgãos reguladores para prosseguir com a imunização da população.



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